Saiba cuidar da Urostomia

Diferente da colostomia, a urostomia é a cirurgia que constrói um novo caminho para a saída da urina, por meio de uma estomia. Os condutos urinários são exteriorizados pela parede abdominal e a urina passa a ser eliminada ininterruptamente por gotejamento.

A partir de então é necessário que um equipamento coletor fique acoplado a estomia o tempo todo. Essa bolsa deve ser esvaziada ao longo do dia.

É importante esvaziar a bolsa de urostomia diversas vezes ao longo do dia.

Neste artigo vamos mostrar quais motivos levam à uma urostomia, quais são os tipos de urostomia, como cuidar da estomia e como evitar infecções do trato urinário.

 

Causas que levam à Urostomia

A urostomia é um procedimento que salva a vida de milhares de pessoas todos os anos. Mas você sabe quais motivos levam uma pessoa a precisar realizar essa cirurgia?

Em grande parte dos casos, a intervenção cirúrgica ocorre devido à tumores, mas também pode ser necessária em casos de traumas, má formação congênita e inflamação crônica na bexiga.

Em situações em que há a má formação do sistema urinário, pode ocorrer o refluxo da urina, que acaba voltando aos rins. Para evitar danos aos rins (que podem, inclusive, deixar de funcionar), a urostomia é uma alternativa para garantir a saúde e a qualidade de vida ao paciente.

Pessoas com quadros severos de incontinência urinária também podem ser submetidas a urostomia pela significativa melhora de qualidade de vida que essa nova condição pode proporcionar.

 

Aspecto da estomia saudável

Logo depois da cirurgia é comum que a estomia fique inchada e que a urina tenha coloração avermelhada. Mas não se preocupe, essas características devem sumir com o passar do tempo.

A estomia saudável é vermelha ou rosa vivo. A pele ao redor da estomia é lisa, sem lesões ou ferimentos.

A estomia não possui terminações nervosas e, por isso, não dói ao ser tocada. Quando for limpá-la ou tocá-la podem ocorrer pequenos sangramentos. É normal desde que o sangramento termine naturalmente. Porém, se o sangramento não parar ou se for abundante, procure um profissional de saúde. 

 

Tipos de urostomia

As  estomias podem ser temporárias ou permanentes. Isso varia de acordo com o motivo que levou o paciente a fazer a urostomia e, também, a decisão do médico no momento cirúrgico.

 

Estomias temporárias

São aquelas realizadas para desviar o fluxo urinário por um determinado período. Pode ser necessário, por exemplo, quando o médico precisa evitar que a urina passe pelo local operado até que a cicatrização esteja completa. Após finalizar o tratamento, a urina volta a percorrer o caminho original e o paciente retoma a rotina de antes.

 

Estomias permanentes

São realizadas quando não é possível manter a função normal do sistema urinário ou quando a urostomia permite ao paciente ter mais qualidade de vida.

 

Tipos de urostomia

Referente aos tipos de urostomia, podemos dividi-las de acordo com a técnica utilizada. Veja a seguir:

1. Urostomia de Conduto Ileal

Também conhecida como Cirurgia de Bricker, é o procedimento mais comum. É feito a partir de remoção de uma pequena parte do íleo (intestino delgado), que faz o papel de um pequeno reservatório, um canal que levará a urina ao meio externo.

Em seguida, o cirurgião fecha uma das extremidades desse canal e implanta os ureteres (canais que trazem a urina dos rins). A outra ponta é ligada à parede abdominal, criando a estomia.

O acúmulo de muco na urina é uma característica comum em pessoas com ureteroileostomia. Isso porque, naturalmente, o intestino produz muco e, ao passar pela estomia, a urina acaba carregando-o.

É preciso salientar que a retirada de pequenos trechos dos intestinos delgado ou grosso não prejudica o paciente. O intestino delgado, por exemplo, tem cerca de 6 metros e, portanto, o pequeno pedaço retirado pelo cirurgião não afeta a função intestinal. O cirurgião reconecta o intestino, que continua funcionando como antes. 

 

2. Ureterostomia

Essa opção é mais incomum, a ureterostomia transcutânea conecta os ureteres diretamente à parede abdominal, criando a estomia. O médico pode optar pela exteriorização de um ou ambos ureteres.

Esse tipo de cirurgia é pouco indicado, pois é frequentemente associado a complicações, como estenoses (quando a estomia se torna mais estreita, a ponto de obstruir). Geralmente são estomias temporárias.

 

Evite Infecções do Trato Urinário

Esse é o tipo de complicação que tira o sono de várias pessoas que passaram pelo procedimento de urostomia. Porém, as Infecções do Trato Urinário (ITU) podem ser prevenidas com cuidados simples.

Confira alguns desses cuidados:

  • Mantenha uma ótima ingestão hídrica. Beba, no mínimo, de 6 a 8 copos de água todos os dias.
  • Ao menor sintoma de infecção, procure seu médico. Fique atento a sinais como febre, vômito, náuseas, dor nas costas, alteração na cor ou cheiro da urina.
  • Use apenas equipamentos coletores específicos para urostomia, que contenham válvula anti-refluxo, para evitar que a urina coletada na bolsa volte para a estomia.
  • Esvazie a bolsa regularmente. É preciso manter esse cuidado, inclusive, durante a noite. Os equipamentos específicos possuem uma válvula de drenagem que permite o esvaziamento limpo e seguro, como também o acoplamento em bolsa coletora de maior capacidade, até 2 litros, para que a pessoa possa dormir sem a preocupação com o esvaziamento do coletor. 

 

Agora que você sabe melhor os cuidados que precisa ter, e como funciona todo o processo da Urostomia, ficará mais fácil cuidar do seu corpo e todos os aspectos que envolvem essa cirurgia.

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